6 maneiras de construir autoestima

6 maneiras de construir autoestima

6 maneiras de construir autoestima

A autoestima não é apenas um tópico popular na pesquisa em psicologia, é algo com o qual quase todos lidamos — e até lutamos — em certos momentos de nossas vidas. A autoestima está intimamente associada ao bem-estar — ou seja, quanto mais saudável for nossa autoestima, melhor nos sentiremos, em geral.

Embora nossa autoestima possa parecer delicada às vezes, ela pode ser construída e fortalecida com a prática. Veja como.

O que é autoestima?

Autoestima é como nos valorizamos e nos vemos. Contudo, é mais do que nossa opinião sobre nossa aparência; é o quanto nos respeitamos e o quanto nos sentimos dignos em comparação com os outros. A autoestima é muitas vezes uma autoavaliação e, portanto, um sentimento autogerado.

A autoestima pode afetar muitas partes de nossas vidas, incluindo como somos capazes de tomar decisões, nos afirmar, tentar coisas novas, superar erros e muito mais. Aprender a desenvolver uma autoestima saudável é uma parte essencial da nossa saúde mental.

O que pode causar baixa autoestima?

Todo mundo tem crises de baixa autoestima de vez em quando, mas nem todos têm sua vida criticamente afetada por isso. Quando a baixa autoestima se torna um problema crônico, pode causar sentimentos de inutilidade, desesperança e inaptidão para realizar tarefas.

Para muitos especialistas, a origem da baixa autoestima pode estar na infância. Uma história de rejeição, abandono ou abusos por parte dos cuidadores durante a infância, ou bullying sofrido por irmãos/colegas pode afetar diretamente a autoestima da criança.

Uma situação bem comum é carregar peso demais ou de menos na infância, ou seja, se a criança foi obrigada a executar tarefas as quais não tinha amadurecimento para fazê-las (carregou peso demais) ou tinha pais superprotetores e as habilidades não foram desenvolvidas conforme a idade, gerando insegurança na criança.

Embora a baixa autoestima muitas vezes possa ser resultado de experiências e interações negativas na infância e adolescência que se enraízam em nossa mente, ela também pode ser causada por outras experiências, incluindo:

  • Um relacionamento infeliz;
  • Viver com uma doença grave;
  • Desemprego ou pobreza;
  • Convívio com narcisistas;
  • Comparação com outras pessoas.

Maneiras de melhorar sua autoestima

Abaixo estão seis métodos indicados por especialistas para se sentir melhor consigo mesmo e com seu lugar no mundo.

Uma observação importante: uma sensação generalizada de baixa autoestima pode estar associada a outras condições de saúde mental, como depressão, distúrbios alimentares e uso indevido de substâncias. Se você acredita que pode estar lidando com um problema maior de saúde mental, é essencial falar com um profissional de saúde mental que possa orientá-lo sobre o tratamento e a cura.

Método 1: Pratique a Autocompaixão

Aprender habilidades compassivas para consigo mesma é mais importante do que a busca de uma alto autoestima. A autoestima é muito frágil e está condicionado a valores externos. Já a autocompaixão é um bem interno e não depende das variações externas.

Autocompaixão é quando eu percebo que não estou bem ou sofrendo e faço escolhas conscientes para melhorar. É reconhecer que você não está sozinha  em suas lutas e muitas pessoas podem estar se sentindo da mesma maneira, falando consiga mesmo da maneira que falaria com um familiar e geralmente sendo mais gentil em seus pensamentos e ações em relação a si mesmo.

Na autocompaixão, eu considero que todas as minhas partes internas são bem-vindas e não há partes ruins. Aquilo que eu não gosto é fruto de traumas emocionais e pode significar estratégias de enfrentamento a esses traumas.

Método 2: Aceitar, Reconhecer e Identificar Pensamentos Negativos

Quase todo mundo tem que lidar com um “crítico interior” algumas vezes ao longo de suas vidas. Se você tem lidado com esse crítico interior ultimamente, as pesquisas sugerem aceitar os pensamentos em vez de tentar ignorá-los (já que isso pode apenas fazer com que os pensamentos persistam), reconhecendo os pensamentos pelo que eles são e, em seguida, identificando-os como sendo mensagens daquele crítico interior e praticar o deixar ir do estilo de vida mindfulness. Quando o pensamento negativo não agrega, e quase sempre não agrega, eu sugiro a técnica Neusaldina.

Método 3: Reenquadrar os autojulgamentos

Após tornar-se mais consciente de seus pensamentos críticos, você pode praticar o reenquadramento positivo. Reenquadramento positivo é quando você pega um pensamento negativo e o torna positivo ou neutro. Isso pode ser algo como: “Eu não sou boa o suficiente para “Eu sou boa o suficiente em algumas coisas e outras não”. Ou, “Eu sou chata” para “Eu posso ser chata às vezes”.

Método 4: Pratique limites saudáveis

Limites são diretrizes que alguém cria que descrevem como eles gostariam que as pessoas se comportassem ao seu redor, e como eles poderiam responder se alguém ignorasse essas diretrizes. Por exemplo, uma mãe pode explicar à família: “Preciso me cuidar mais, ter mais tempo para mim, cada um deve lavar a louça que sujou”.

A imposição de limites pode fazer com que você se sinta culpada ou até mesmo com medo no início, mas quanto mais você praticar dizendo o que precisa de forma clara, gentil e calma, mais confiante você deve acabar se sentindo — e mais forte será seu autorrespeito.

Método 5: Priorize a Atividade Física

“O exercício demonstrou ter um impacto positivo na autoestima e na satisfação com a vida”, diz Julia Samton M.D., neurologista e psiquiatra. “Incorporar uma rotina regular de exercícios ao seu dia pode ajudá-lo a se sentir forte física e mentalmente, dando-lhe uma sensação de realização e melhora de autoestima.”

Adultos de 18 a 65 anos devem ter como objetivo 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade física vigorosa por semana, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Para quem não tem acesso a uma academia, essa recomendação pode ser alcançada com uma caminhada de 30 minutos de segunda a sexta-feira.

Método 6: Trabalhe na Neutralidade Corporal

Outra ótima maneira de construir confiança é aprender a aceitar seu corpo. Isso pode significar trabalhar na positividade do corpo, mas também pode significar focar na neutralidade do corpo. A neutralidade corporal visa manter o foco longe de uma perspectiva excessivamente negativa ou excessivamente positiva e, em vez disso, centra-se na aceitação e no respeito pelo seu corpo. Algumas maneiras de praticar a neutralidade corporal incluem:

  • Deixar de seguir contas em redes sociais que fazem você se sentir fortemente de uma forma ou de outra sobre seu corpo;
  • Aprenda e pratique a alimentação saudável e intuitiva;
  • Escolha uma atividade física que você goste e se não achar faça mesmo assim porque é importante;
  • Valorize muito as funções do seu corpo, como, “meus pés andam, que maravilha”, “minhas mãos podem carregas coisas”, “meu pescoço sustenta a cabeça” etc.

Quais são os benefícios de uma maior autoestima?

Os benefícios da autoestima são únicos para cada indivíduo, mas, de acordo com pesquisas, a alta autoestima parece prever o sucesso e o bem-estar nas áreas da vida, como relacionamentos, trabalho e saúde – especialmente em culturas que valorizam a individualidade.

Além disso, um forte senso de autoestima é frequentemente associado a boas habilidades de enfrentamento quando um indivíduo passa por estresse, ansiedade, desafios ou adversidades, resultando em resiliência.

Um forte senso de autoestima também pode inspirar o crescimento. Indivíduos com um senso positivo de autoestima são mais propensos a se colocar em situações desafiadoras e buscar novos relacionamentos. Essas experiências oferecem uma oportunidade de crescimento psicológico.

Lembrando para evitar os extremos, baixíssima autoestima e super autoestima. A auestima muito elevada pode levar ao narcisismo. Caminho do meio, sempre.

Referências

[1] Zamani Sani SH, Fathirezaie Z, Brand S, et al. Physical Activity and Self-Esteem: Testing Direct and Indirect Relationships Associated with Psychological and Physical Mechanisms. Neuropsychiatr Dis Treat. 2016; 12: 2617-2625.

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